terça-feira, 28 de julho de 2015

O mar não morre.




Depois de tanta perna nua, tanto mergulho de olho fechado, tanto corpo suado, o mar está chão calmo. Ainda o oiço cansado, no seu vai e vem cadenciado, quase morto que engana. Às vezes, deixo de o ouvir e corro à janela pequena e antiga de tanto olhar. Continua lá, vivo e sereno, tranquilo como oferta mansa para amaciar a noite. 


mz 


imagem:  Armanda Passos
artista plástica contemporânea portuguesa