segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Das uvas...


Dos meus escritos, guardo um texto em que escolho o fado como metáfora de um trecho da minha vida.
Decidi que hoje ainda não é o dia de o partilhar com vocês. Tem um quê de profundo e de dor. Hoje não é o dia.


Apetece-me deixar-vos um pedacinho de Setembro. Um Setembro rural, de cepas retorcidas. Das vinhas coloridas, das parras recortadas, dos cestos fartos de cachos negros e dourados e da sua polpa a rebentar de sumo.
Apetece-me este Setembro e podia continuar a escrever assim, neste tom levemente poético e bucólico. Mas, também hoje, quero realçar o produto final da vinha. Em especial, descrever as características de um vinho que bebi ao almoço e do rótulo da sua garrafa que tenho à minha frente. 
Fala-me de uma casta especial-BAGA- plantada em vinhedos de solos argilosos e calcários, do seu sabor a framboesa, a amora e cereja que exprimem os diferentes lugares onde as uvas cresceram.
-Por mais que saboreie... raios se me sabe este vinho a frutos vermelhos!

Estou distraída demais para continuar. Não estou em silêncio e, da televisão, saem-me tiros de um filme que já vi e revi umas quantas vezes “Shanghai Noon” - posso mesmo dizer que estou de certa forma com um olho no burro e outro no cigano.





imagem:daqui





Com carinho
Mz