sábado, 9 de janeiro de 2010

Silêncio...


Vontade castrada ou talvez não...
Entenderei eu o silêncio?

Talvez o silêncio queira dizer-me uma infinidade de coisas, ou coisa nenhuma.
Quando nele se encerram todas as dúvidas,
se calam todas as vozes...
quando nele se confinam todos os desejos e se abafam todos os gritos...
Saberei entender este silêncio?
Aceitá-lo-ei?
Talvez o silêncio queira abrir a goela e gritar... gritar...
vociferar e praguejar!
Ou então, que das gargantas do silêncio saiam gritos de timbre ligeiro, lírico, apaziguador...
No fundo, talvez seja apenas um silêncio confuso e inquieto a
tentar dizer-me que não consegue separar o real da fantasia.
É que, na realidade, silêncio é silêncio e ponto final!
Não há pio...
não há som... não há eco...
é vazio!
Entenderei eu o silêncio?

Quando do meu silêncio saltam palavras para as pontas dos meus dedos e escrevo palavras mudas e gritos abafados, guardo-o numa caixa imaginária.
Juntamente com outras coisas e pensamentos sem asas, acorrento-os e abraço-os a todos num simples querer e não poder.


O meu silêncio entendo-o bem!






(Imagem:Google)




Com carinho
MZ