sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Agora...



O tempo parece fugir a galope numa besta sem rosto.
A dor rasga o teu peito e soltas gritos num pranto abafado.
O predador, suga-te toda a esperança
e a vida parece escapar-se pelas redes finas de uma armadilha.
Surpreendeu-te e estás de rastos...

Agora...
O tempo é de abraços
O tempo é de esquecer...
Esquecer o que não correu bem
Agora...
Agora, o tempo é outro
Ainda há tempo para pegar na tua mão
e de te abraçar.
Ainda que o corpo esteja dilacerado,
deixa-te abandonar...
Mergulha nesta dose excessiva de afectos.
Escuta as palavras meigas,
deixa-te mimar, deixa-te levar pelas brincadeiras.
Abraça todos os sorrisos e suaviza tua dor.




(Fotografia: RuiSantos61)

com carinho
MZ